domingo, 31 de dezembro de 2017

Música: álbum The Lumineers

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Um amigo me indicou a banda, mas confesso que não dei muita importância. A banda só foi mesmo me chamar atenção quando estava pesquisando a trilha sonora de uma série que gosto muito e lá estava The Lumineers com quatro músicas: Flowers in Your Hair, Charlie Boy, Slow it Down e Scotland (esta ultima composta exclusivamente para fazer parte da trilha sonora da Série Reign).

Essa musicas fazem parte do seu primeiro álbum lançado em 2012, no qual foi autointitulado The Lumineers, e olha que eles fizeram bastante sucesso com as musicas Ho Hey e Stubborn, ganhando o disco de platina nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, alem de concorrer ao Grammy na categoria Artista Revelação. 

Ho Hey

"I don't know where I belong - Não sei a onde pertenço
I don't know where I went wrong - Não sei onde errei
But I can write a song - Mas eu posso escrever uma música

I belong with you, you belong with me -Eu pertenço a você, você pertence a mim

You're my sweetheart - Você é minha doce amada
I belong with you, you belong with me - Eu pertenço a você, você pertence a mim
You're my sweet - Você é minha doce"

Flowers in your Hair

"Cause it's a long road to wisdom -  Porque é um longo caminho para a sabedoria
But it's a short one -  Mas é um curto
To being ignored -  Para ser ignorante
[...] So now I think that I could -  Então agora eu acho que eu poderia
Love you back -  Amar você de volta
And I hope it's not too late 'cause you're so attractive -  E eu espero que não seja tarde demais porque você é muito atraente
And the way you move -  E a maneira como você se move
I won't close my eyes -  Não vou fechar meus olhos
It takes a man to live -  É preciso um homem para viver
It takes a woman to make him compromise -  É preciso uma mulher para fazê-lo comprometer-se"


Álbum: The Lumineers - 2012
🌟🌟🌟🌟🌟 Flowers in Your Hair 
🌟🌟🌟🌟✰ Classy Girl
🌟🌟🌟✰✰ Submarine 
🌟🌟🌟✰✰ Dead Sea 
🌟🌟🌟🌟🌟 Ho Hey
🌟🌟🌟🌟🌟 Slow it Down (amo essa musica) 
🌟🌟🌟🌟✰ Stubborn Love
🌟🌟🌟✰✰ Big Parade
🌟🌟🌟🌟🌟 Charlie Boy
🌟✰✰✰ Flapper Girl 
🌟✰✰✰ Morning Song

Big Parade 
"Catholic priest, catholic priest in a crisis - O sacerdote católico, o padre católico em uma crise
He's torn between romance and jesus, - Ele está dividido entre o romance e jesus,
Who will win the civil war - Quem vai ganhar a guerra civil
And he says I'm in love, I'm in love with a woman - E ele diz "Eu estou apaixonado", "Eu estou apaixonado por uma mulher"
Yea this is my confession, - Sim esta é a minha confissão,
I'm leaving I can't a priest anymore, anymore - Eu estou deixando, eu não posso ser um padre, não mais. "

Morning Song 
"May you return to love one day - Pode ser que você volte a amar um dia
Well I hope and I pray - Pode ser que você volte a amar um dia
You get what you gave - Você colhe o que você planta"

The Lumineers é uma banda que conquista cada emoção sua te faz sorrir, dançar, cantar, chorar, tudo junto e misturado. São musicas que vocês podem escutar com seus amigos ou na solidão do seu quarto. Enfim, essa é a ultima postagem do ano, então feliz ano novo caros leitores :)

Depois posto sobre o segundo álbum deles, deixe nos comentários sua opinião sobre a banda e sua musica favorita desse álbum :P



segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Márquez

Foto ilustrativa retirada da internet.
Foi a edição que eu li, feita pela editora Record

Há muito tempo, eu tava com vontade de ler essa obra, porque em quase todas as listas de melhores livros que eu vejo, ela sempre tá lá. Até que um dia, eu conheci a banda Francisco, El hombre, e eles sempre dizem que o nome da banda, foi inspirado em um personagem desse livro chamado Francisco, o Homem; que era um viajante que sempre voltava para Macondo, com novas canções e recados de pessoas distantes, inseridas nessas canções; então a partir desse momento, sim minha gente, eu tinha que conhecer a obra Cem Anos de Solidão.

Gabriel Garcia Márquez é um escritor esplêndido, porque em várias de suas obras, ele consegue deixar o leitor envolvido com a história do inicio ao fim, por meio de uma linguagem envolvente e descritiva, que te deixa impressionado, no caso desse livro, em como pôde acontecer uma chuva de flores amarelas no enterro de José Arcádio Buendía? Ou como Remédios, a bela, simplesmente levitou e saiu pela janela, como se fosse um anjo? Ou como uma criança pode nascer com rabo de porco, ou uma vaca parir trigêmeas? Gabo, torna todas essas coisas reais e palpáveis ao leitor. Ele nos insere em uma realidade fantástica em que não nos deixa outra saída a não ser ler até o fim.

Mas desde já adianto, é preciso concentração e esforço, para encontrar as nuances da história. Pois esse livro, vai te exigir tempo, afinal, ele te deixará em contato com 7 gerações de uma família, fazendo com que você sinta as sensações e emoções das personagens, te colocando em cada romance, cada situação tenebrosa e angustiante, e te informando sobre cada personagem; ao leitor desatento, é uma tortura os nomes iguais entre essas gerações, mas isso nos faz crer que houve o propósito de dar ciclicidade as histórias dos integrantes da família Buendia, em que são passadas situações, instintos, características de personalidade, entre outras coisas. Lançado em 1967, é hoje, considerado uma das maiores obras da literatura latino-americana.

Sem duvida, depois de Úrsula Iguarán – mulher forte e matriarca da família, que permanece durante todas as gerações, com força e coragem para intervir nos momentos mais difíceis da história; minha personagem preferida é Remédios, a bela, que chama a atenção por sua beleza inexprimível, mas que não se importa nem um pouco, em decorrência disso, o povoado supõe que ela tem um perfume que atrai os homens para a morte (mas na verdade, ela só rejeita eles e parece se bastar consigo mesma). Segue abaixo um trecho que mostra bem isso:

“[...] Um dia, quando começava a se banhar, um forasteiro levantou uma telha do teto e ficou sem respiração diante do tremendo espetáculo de sua nudez. Ela viu os olhos aflitos através das telhas quebradas e não teve reação de vergonha, mas sim de preocupação.
__Cuidado – exclamou. – Você vai cair.
__Só quero ver você -- murmurou o forasteiro.
__ Ah, bem - ela disse. – Mas tenha cuidado que essas telhas estão podres.
[...]
__ Deixe-me ensaboá-la -- murmurou.
__ Agradeço a sua boa intenção – disse ela – mas posso perfeitamente fazê-lo sozinha com as minhas duas mãos.
[...]
Depois, enquanto se enxugava, o forasteiro implorou com os olhos cheios de lágrimas que se casasse com ele. Ela lhe respondeu sinceramente que nunca se casaria com um homem tão bobo que perdia quase uma hora, e até ficava sem almoçar, só para ver uma mulher tomar banho.”

Em meados do livro, Gabo sempre insere referencias as ditaduras sofridas pela América Latina através do personagem coronel Aureliano Buendia que participou de 32 revoltas e perdeu todas, umas dessas referencias é evidente de forma forte, clara e profunda, no trecho seguinte:

“[...] Para o Coronel Aureliano Buendia foi o máximo da expiação. Encontrou-se de repente padecendo da mesma indignação que sentira na juventude, diante do cadáver da mulher que fora morta a pauladas porque tinha sido mordida por um cão raivoso. Olhou para os grupos de curiosos que estavam na frente de casa e, com a sua antiga voz trovejante, restaurada por um profundo desprezo por ele mesmo, jogou-lhes em cima o peso do ódio que já não podia mais suportar no coração.

­__ Um dia destes -- gritou -- vou armar os meus rapazes para acabar com estes ianques de merda!

Ao correr da semana, em diferentes lugares do litoral, os seus dezessete filhos foram caçados como coelhos por criminosos invisíveis que apontaram bem no centro nas suas cruzes de cinza. [..]”

Enfim gente, é uma leitura que vale muito a pena e que realmente, como muitos dizem, pode mudar o seu modo de olhar para as coisas - assim como mudou o meu!

Então é isso, vejo vocês na próxima! (deixem um feedback nos comentários para sabermos como estamos indo com as nossas resenhas^^)

Ps. Segue um video realizado pela tvfolha para ajudar você a não se perder pelas gerações de Buendias. ;)


Por Victória




terça-feira, 28 de novembro de 2017

Os irmãos Karamázov - Fiódor Dostoiévski

 
Foi esta edição antiga da Abril Cultural que li.


Vai ter resenha de novembro sim minha gente!

Porque este mês eu terminei de ler esse livro e quero muito enaltecer ele para vocês. Eu queria ler o livro desde os quinze anos na verdade porém esperei até os vinte porque acho que minha mente realmente não estava preparada na época. Sempre tive curiosidade pois todos falavam deste clássico, pela sua complexidade e importância para o pensamento universal. Realmente é um livro extraordinário que nos reposiciona no mundo porém a linguagem não é tão difícil quanto pensei que fosse, a leitura só é complicada até nos acostumarmos com os nomes russos e com os múltiplos apelidos de cada personagem. 

 Eu tomei coragem, emprestei o livro da biblioteca da faculdade e comecei essa viagem á Rússia e aos seus costumes. Embarquei nos dolorosos invernos, nas salas repletas de vapor do samovár, vi os bêbados passearem pela noite enevoada e também entrei nos bares antigos do século XIX onde por trás de um biombo acompanhei a conversa dos irmãos Ivã e Aliócha a respeito do poema do Grande Inquisidor e sim, foi perturbador mas também incrível.

O livro vai nos contar a história destes irmãos Karamázov: Dmítri (Mítia) que é movido pelas suas paixões e desejos e é o duplo do pai, Ivã que é um intelectual e Aliócha (Alikésiei) que no início é um monge. Também vamos ter a figura de um filho bastardo do pai Karamázov, Páviel (Smerdiakov).  Fiódor Pavlovicth Karamázov foi abandonado pela primeira esposa e o fruto deste primeiro casamento foi justamente Dmítri que quando criança era totalmente ignorado pelo pai e foi criado na infância pelos criados da casa (Marfa e Gregório), é também o primeiro a sair da casa. O pai Karamazov se casa pela segunda vez e deste casamento vêm os outros dois filhos, Ivã e Aliócha que também serão cuidados pelos criados até serem levados pelos parentes de sua mãe. Tempos depois, aparece a criança bastarda que Fiódor nunca reconhece como seu filho, pois reza a lenda de que ele teria abusado de uma doente mental e também mendiga da cidade, mãe desta criança.

Os meninos vão então crescer separados, desenvolver personalidades bem distintas e se reencontrar tempos depois, justamente na fase adulta, com esse pai quase que um desconhecido, é justamente a partir daí que os conflitos vão se desenvolver. Fiódor e Dmítri acabam se apaixonando pela mesma mulher e o primeiro nega violentamente a herança do segundo, cogitando utilizar parte do dinheiro para conquistar Grúchenka(Agrafiena) que é justamente a mulher em disputa pelos dois. Vamos ficar sabendo de tudo que vai ocorrer em torno desse conflito e também conhecer as pessoas ao redor dele, como a ex noiva de Dmitri chamada Catarina Ivanovna, Lisa(amiga de infância de Aliócha), os padres do mosteiro (com destaque especial para o stariéts Zózima que é um amor de pessoa) assim como o coronel Sniguierov, cuja história da família me arrancou lágrimas.


Quanto á filosofia presente no livro, nós temos duas que identifiquei como principais: a niilista apresentada pelo ateísmo de Ivã Karamázov que ao afirmar que "se Deus não existe tudo seria permitido"; essa questão seria o maior parricídio (pelo fato de considerar a morte de Deus) presente no livro, a ideia central que irá impulsionar quase todos os momentos de tensão. E há a segunda filosofia que é apresentada muito especialmente pelo personagem Zózima, que afirma que "considerar-se culpado perante todos " é a melhor maneira de se posicionar dentre seus semelhantes, é uma filosofia que engloba toda humildade ao se afirmar como servo mútuo para com o próximo.

Há personagens cativantes nesta história, o narrador nos descreve as coisas com riqueza de detalhes e vamos ficando cada vez mais envolvidos na trama porém existem também outros personagens que só aparecem do nada mesmo e somem com a mesma rapidez. Mas os personagens mais essenciais são muito bem construídos (especialmente os masculinos, as mulheres em sua maioria são histéricas, instáveis e caprichosas) e um mesmo personagem nos desperta várias emoções, eles são muito humanos.

Esse livro é realmente incrível e vale muito a pena ser lido, eu vou terminando a resenha por aqui porque se não corro o risco de dar spoiler e já tem de sobra na internet afinal clássicos são discutidos na íntegra tanto em canais no youtube quanto em teses de tcc (o que é ótimo) mas o espaço aqui é curto. haha O objetivo do blog é só dar uma pincelada sobre o que trata a história e também comentar minhas impressões pessoais. 

Sobre minha experiência literária vou me limitar a dizer que logo que terminei de ler esse livro comprei logo Crime e Castigo e já está programado pra ser lido ano que vem. Resolvi embarcar numa conversa prolongada com o tio Dostoiévski.  <3 

Espero que leiam também, porque esse clássico é muuuito prazeroso. A gente termina o livro mas ele não termina com a gente, até agora me pego refletindo sobre vários assuntos discutidos pelos personagens...

Por: Joranny  

sábado, 7 de outubro de 2017

O Pagador de Promessas - Dias Gomes

O que falar dessa obra? Certamente eu devia ter lido antes pois é estupenda. O Pagador de Promessas é uma peça que foi escrita por Dias Gomes (o mesmo autor de O Bem Amado que inclusive é um texto que já teve adaptações pra novela e cinema) e conta a trágica história de Zé do burro. Esta edição da foto é da Bertrand Brasil e minha amiga me emprestou já toda animada e praticamente me empurrando o livro porque queria ter alguém pra comentar. haha
Não vou negar, ás vezes eu me sinto culpada pelo tanto de obras boas que eu ainda não li mas o fato é que teoricamente ainda sou jovem (metade de 40 anos) e tenho tempo pra ler muita  coisa, de certo isso alivia um pouco minha insegurança como leitora. E sim, foi muito bom ter conhecido esse texto esse ano.

Esta peça vai contar a história de um homem simples e ingênuo do campo apelidado Zé do Burro que está se dirigindo á uma cidade da Bahia, para a igreja de Santa Bárbara para pagar uma promessa que fez. Zé do Burro prometera á santa que se ela lhe concedesse a cura de seu burro e melhor amigo chamado Nicolau, ele iria carregar uma cruz de madeira bem pesada nas costas, de sua roça até a cidade, e colocá-la dentro da Igreja. Tudo parece simples até aí mas não seria genial se não houvesse um conflito não é mesmo?

Chegando na cidade com a esposa Rosa que o acompanhou no percurso, ele se depara com gente interesseira de todo tipo além de gente intolerante para com seu erro quanto á promessa. O erro é o seguinte: Zé simplesmente associou a imagem de Santa Bárbara com a de Iansã e fez a promessa num terreiro de Candomblé. A gente sabe que no Brasil esse tipo de associação é muito comum pois a fé do povo brasileiro é marcada pelo sincretismo religioso. Porém o Padre simplesmente não o deixa entrar na igreja e o acusa de blasfemador dentre outras coisas. Por Zé ter dividido sua terra com os mais pobres como parte da promessa, ele ainda passa a ter sua figura deturpada por um certo jornalista que aparece do nada e já o legitima como apoiador da reforma agrária mesmo sem o coitado fazer ideia do que é isso, toda essa agitação logo vai chamar a atenção da polícia local que vai enxergar o pobre do Zé como perturbador da ordem.

Sua mulher até gosta dele mas se deixa seduzir pelo charlatão da história chamado Bonitão, que explora moças que são prostitutas como a personagem Marli que tem uma verdadeira adoração por ele e ciúmes.O Zé do Burro vai passar por muitas dificuldades simplesmente por querer cumprir uma promessa (coitado!) e apesar de ser barrado na igreja, caluniado por alguns e traído pela mulher, ele ainda vai conhecer gente bacana que tenta ajudá-lo em sua jornada. Essa gente vem justamente da margem social, a exemplo de Minha Tia que é a personagem que lhe oferece um terreiro para que possa pagar a promessa e ir pra casa.

A maioria da história se passa em uma praça que se localiza de frente pra igreja de Santa Bárbara e acoplada a duas ruas por onde os personagens saem e entram. Eu fiquei imaginando durante toda a leitura como o cenário ficaria montado num teatro e triste por não poder assistir encenado pessoalmente. haha

Como falei no início, o final de Zé do Burro é trágico mas no percurso há vários momentos engraçados. É uma peça bastante humana e por isso mesmo mexe com o coração de quem lê. O povo brasileiro tem sua face escancarada em poucos diálogos e cenas e a obra é atemporal porque a intolerância religiosa, abuso de poder e charlatanismo não são próprios dos anos 60 , momento em que a peça foi encenada pela primeira vez, mas persistem até hoje em nossa sociedade.

Com certeza é uma obra incrível e super recomendo. :)

BY: Joranny

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Documentário: Olhos Azuis (Jane Elliot)


   Eu adoro navegar pelo youtube, pra mim é uma das melhores redes sociais, é claro que tem muita besteira mas também tem muito conteúdo de qualidade disponível: vídeo aulas, palestras, vídeos de emponderamento, canais que indicam livros, etc. Pra mim não cola esse papo de que rede social é só pra gente alienada, depende muito do modo como utilizamos, podemos usar para nos informar de um jeito bem bacana e não só para postar selfies. Pois bem, eu adoro um canal chamado O mundo segundo Ana Roxo, é um canal cheio de discussões importantes sobre sociedade, política, dentre outras coisas e num dos vídeos deste canal ("cotas para terráqueos") a youtuber cita um documentário chamado Olhos Azuis. Eu logo fui pesquisar a respeito e acreditem foram os minutos mais bem gastos do meu dia.

Este documentário relata um experimento feito por uma professora estadunidense chamada Jane Elliot que visa por alguns dias ou horas fazer com que os opressores se coloquem no lugar dos oprimidos. Ela coloca um colar de pano naqueles que experimentarão a sensação de humilhação e intimidação psicológica que as minorias (negros, homossexuais, mulheres, portadores de alguma deficiência) sofrem todos os dias.

 
Jane Elliot

A indignação da professora para com a discriminação presente em sua sociedade a fez tomar a atitude de demonstrar que estar no lugar do oprimido (mesmo que por um dia e de um modo simulado) é o que causa a verdadeira empatia. Sofrer com o outro, incomodar-se com a dor alheia é o primeiro passo para a construção de um mundo melhor. Mas se contrapor a valores tão arraigados nem sempre é fácil.O experimento foi realizado pela primeira vez com uma de suas turmas infantis e chocou muitas pessoas, culminando consequências tanto para Jane quanto para sua família que sofreu um isolamento social.

O experimento consiste em separar um grupo de pessoas entre olhos azuis(oprimidos) e olhos castanhos(opressores) e induzi-las a acreditar que características pejorativas podem ser associadas a elas simplesmente pela cor de seus olhos. O jogo mental que Jane Elliot faz é simplesmente impressionante e por vezes as pessoas chegam realmente a acreditar no que está sendo proposto, sentindo realmente o peso da discriminação. A inferiorização e criação de esteriótipos é a base do preconceito e mesmo numa experiência simulada isto pode ser enxergado nitidamente.

É realmente muito interessante e vou disponibilizar logo abaixo o link para o documentário. Espero que gostem de assistir e principalmente que reflitam a respeito dos temas abordados.




"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." - Martin Luther King

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar." - Nelson Mandela



 Por Joranny

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Meus primeiros contatos com Sci-fi




O gênero da Ficção Científica é muito famoso, caracteriza-se pelo foco na tecnologia avançada, nos avanços científicos, nos seres extraterrestres, anomalias temporais, conflitos espaciais, etc e possui uma série de subgêneros a exemplo do Steampunk e Cyberpunk. Mas quando criança, eu honestamente não dava a menor importância a classificações e assistia de tudo sem ao menos saber qual era o gênero ou subgênero das coisas. Meus pais até hoje são assim.

Pra falar a verdade a gente só passa a se importar de fato com os detalhes de uma obra querida por nós, bem depois e apenas se formos muito interessados. Saber qual editora publicou seu livro favorito, qual o diretor daquele filme do coração ou em que álbum está nossa música favorita são coisas que só procuramos saber quando já somos "gente grande". Quando eu era criança, se passasse meu filme favorito na TV era ótimo, porque eu não tinha internet pra procurar e nem grana pra comprar o dvd, se minha música favorita tocasse no rádio era perfeito, porque eu nem sequer sabia o nome dela ou quem cantava e se eu gostava de um livro, nem sabia o nome do autor apesar de saber as histórias tim-tim por tim-tim.

Mas tudo mudou, hoje me interesso pelos detalhes e andei pensando esses dias quais foram meus primeiros contatos com este gênero que é a Ficção Científica.

Os primeiros filmes que assisti de sci-fi foram: 

 Homens de Preto (Man In Black) conta a história de dois agentes que fazem parte de uma organização criada pelo governo com o intuito de monitorar as atividades extraterrestres que se desenvolvem na Terra. Era hilário quando eu era criança e continua engraçado até hoje, ver dois humanos tratando aliens com tanta naturalidade é impagável. A cena icônica do final do filme é lembrada até hoje por todos os nerds.




 A.I. Inteligência Artificial conta a história de David, um android em forma de criança que foi criado para demonstrar sentimentos humanos. Abandonado por seus donos logo após um acidente ele parte em uma jornada com seu urso de pelúcia e conhece mais tarde Joe, outro robô que se torna seu amigo. Esse filme era muito triste para mim e assustador. Na verdade ainda é, acho que o estranhamento com a ideia de homens fabricando máquinas tão similares a nós continua me causando agonia.





Matrix me causou confusão quando assisti pela primeira vez e só entendi direito a proposta do filme bem depois. Este filme vai contar a história de um mundo dominado por máquinas que inclusive mantêm os humanos aprisionados, sendo enganados dentro de sua própria mente quanto ao espaço temporal e físico. O personagem principal acaba sendo escolhido para sair desta prisão e de alguma forma tentar quebrar esta realidade distópica.






Sobre os primeiros livros que li de sci-fi... vale lembrar que quando criança eu só lia livros de contos de fada e gibis. Durante a adolescência só lia mangás (a maioria de romance). E o gosto pela leitura de obras formadas só por textos só me veio na fase adulta, um ano após o final do ensino médio.
Como contatos iniciais com a literatura sci-fi, vou destacar 2 livros:


O guia do mochileiro das galáxias foi o segundo livro de sci-fi que li na vida. E posso dizer que comecei muito bem. Eu li pela primeira vez em 2015 em pdf, depois li uma edição que achei na biblioteca da faculdade e depois que adquiri o volume definitivo, li novamente. Ao final das contas, li 3 vezes este livro e termino de ler a série este ano. Conta a história de Arthur Dent, um europeu esquisitão que consegue escapar do planeta Terra minutos antes de sua destruição pelos aliens Vogons. Seu amigo Ford Prefect que o salva, irá guiá-lo por aventuras inesquecíveis pegando carona pelo Espaço.






 Este sim foi o primeiro livro sci-fi que li na vida e foi muito legal na época. Eu emprestei de uma amiga e devorei em menos de duas semanas o livro. Eu sou o número quatro vai contar a história de um alien lorieno que veio refugiar-se na Terra após a exploração devastadora de seu planeta, Lorien, pelos chamados Morgadorianos. Eles estão atrás dos lorienos que conseguiram escapar a fim de matá-los para que eles não atrapalhem seus planos. Quais os planos? Nem lembro mais ou não cheguei a saber porque não continuei a série. 
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Mas se hoje eu me interesso por sci-fi foi graças a essas obras com as quais tive os primeiros abraços dados ao gênero. Sou grata a elas e só queria compartilhar isso aqui mesmo. haha

Por: Joranny :)

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Ore Monogatari e a beleza dos ogros!


Ore Monogatari é um anime shoujo (destinado ao público juvenil feminino) que vai contar a história de Gouda Takeo, uma rapaz estudante do ensino médio que desde criança é julgado por sua aparência um tanto quanto grotesca. Takeo tem os traços faciais grossos e é bem maior que as outras pessoas, sendo comparado pelas meninas a um gorila, mas essa aparência de ogro só tende a esconder a pessoa doce e gentil que na verdade Takeo é. Ele está sempre sendo rejeitado pelas meninas por sua aparência e venerado pelos garotos que no início do anime são os únicos que conversam com Takeo e conhecem de fato sua personalidade.
 
Ele tem um melhor amigo chamado Suna que é exatamente o seu oposto: além da bela aparência, ele não é sociável e não se apaixona com a facilidade de Takeo. Suna é vizinho de Takeo desde a infância e tem um instinto protetor para com o amigo que é o único que o faz sorrir. haha

Suna

A vida vai seguindo, até que um dia Takeo vê uma garota sendo assediada dentro de um metrô e parte em sua defesa. Após esse incidente, a garota se aproxima de Takeo que logo se apaixona por ela mas fica triste porque pensa que ela está na verdade apaixonada por Suna e usando sua amizade para chegar a ele. Contudo senhores, Yamato , a garota que Takeo salvou no metrô na verdade sempre esteve apaixonada é por ele. Quando ambos descobrem o interesse mútuo, logo começam a namorar e nos brindar com um dos romances mais fofos de todos os animes shoujos. <3

Takeo e Yamato

O anime não tem grandes reviravoltas mas é impossível não se apegar aos personagens e ficar babando com a fofura suprema de namorado que o Takeo consegue ser para a Yamato e como ela ajuda ele a ser visto de maneira diferente pelas outras garotas. Finalmente, ele será enxergado além da aparência, como a pessoa fofa que é. Suna passa a ajudar Takeo a desenvolver esse romance dando dicas, pois ele é muito lento já que Yamato é sua primeira namorada. haha



Os personagens secundários do anime também são muito divertidos, como a irmã de Suna que se apaixonou por Takeo por ele a ter comparado uma vez com uma flor e a menina nerd que apaixonada por Suna, acaba sendo a maior stalker da história. Também temos o chefe de Yamato que de tão egocêntrico, deduz que na verdade ela está apaixonada é por ele. 

Esse anime vale muito a pena, as músicas de abertura e encerramento são muito legais e o diferencial neste anime shoujo é o fato de o personagem principal ser o garoto e ele não ser padrão de beleza! A gente fica muito feliz com cada pequena vitória pessoal do Takeo e quando vê já está imaginando os filhos dele com a Yamato. haha

Sem contar a referência a king kong logo na abertura! <3 Não é preciso nem de esforço, viu o primeiro episódio já vai se viciar. O anime é leve e rende muitas risadas bobas.



Super recomendo, até mais!

Resenha por: Joranny :)