Pra início de conversa, se eu precisasse definir esse livro em duas palavras eu diria: feminismo e steampunk! Vamos entender melhor esta definição ao decorrer da resenha?
Bem, steampunk é um subgênero literário de sci-fi no qual encontramos tecnologia avançada em épocas mais antigas e é justamente o que ocorre aqui. Sociedade dos meninos gênios tem sua trama ambientada na Londres vitoriana e conta a trajetória da jovem Violet Adams que sonha entrar na faculdade de ciências mais prestigiada da Europa, Illyria.
Mas há um empecilho a isso que é o fato da instituição ser exclusivamente para homens, porém com muita determinação e coragem ela decide perseguir o sonho mesmo assim e se disfarça de menino, assumindo a identidade de seu irmão para ingressar na faculdade; para a manutenção do disfarce ela conta com a ajuda de seu irmão Ashton Adams e de seu amigo Jack que também irá estudar lá.
Apesar de sabermos os riscos que a personagem corre se for descoberta, a leveza com que o autor insere o humor nos personagens faz a história correr muito bem e num ritmo maravilhoso. Violet faz tudo isso enquanto seu pai está viajando e procura ter o cuidado de esconder a farsa também da governanta de sua casa, a senhora Wilks, que gostaria que ela seguisse o padrão de "moça prendada" da época. Violet é uma mulher a frente de seu tempo e sua entrada em Illyria vai resultar em uma série de acontecimentos que caracterizam uma aventura de primeira linha.
Quando a personagem entra em Illyria, a gente consegue enxergar o conservadorismo do ambiente, seus professores excêntricos e o tipo de experimentos científicos feitos lá. Violet acaba fazendo amigos que não fazem ideia de que ela é uma garota, se apaixona pelo Duque Ernest (que seria uma espécie de diretor da faculdade) e torna-se alvo da paixonite da protegida do Duque, Cecily (por quem Jack é apaixonado) além de arrumar um desafeto que assumirá o papel de vilão da trama, Volio, que enxerga o auterego de Violet como rival. Além da relação da personagem com os outros, vamos acompanhar os mistérios que a própria faculdade esconde em seu prédio e os dramas que cada personagem sofre separadamente. Acho sensacional o jeito que o autor faz a gente se apegar aos outros personagens pela descrição de suas histórias, a gente assume empatia e torce mesmo por um desfecho agradável para cada um deles.
É importante ressaltar que o steampunk entra na obra quando vemos que os alunos de mecânica constroem autômatos e os de biologia fazem transplantes absurdos em animais e conseguem manifestar mutações a ponto de criar por exemplo gatos invisíveis! (literalmente, eles até ficam no porão). Já o feminismo nem preciso dizer que se encontra nas atitudes de Violet e de outras personagens fortes como a governanta de Illyria,Miriam Isaacs, e a própria Cecily.
Nesse livro a gente encontra várias discussões sobre igualdade de gênero, impacto da ciência na sociedade e preconceito em geral, racial,homofóbico,etc. São discussões importantes e colocadas numa linguagem bastante acessível. Além disso há referências a obra O médico e o Monstro por meio de um dos professores.
O livro foi trazido ao Brasil pela editora Novo Conceito, em um volume gordinho e com detalhes de engrenagens nas folhas. Vou terminando o post com uma das frases do livro:
"Todos somos mais do que a sociedade diz que somos."
É isso, espero que tenham gostado da resenha! <3
Resenha por: Joranny :)
Nesse livro a gente encontra várias discussões sobre igualdade de gênero, impacto da ciência na sociedade e preconceito em geral, racial,homofóbico,etc. São discussões importantes e colocadas numa linguagem bastante acessível. Além disso há referências a obra O médico e o Monstro por meio de um dos professores.
O livro foi trazido ao Brasil pela editora Novo Conceito, em um volume gordinho e com detalhes de engrenagens nas folhas. Vou terminando o post com uma das frases do livro:
"Todos somos mais do que a sociedade diz que somos."
É isso, espero que tenham gostado da resenha! <3
Resenha por: Joranny :)