Para começar, queria dizer que
nunca vi um título de livro que combinasse mais com o enredo do que esse. J. R.
Palacio realmente nos apresenta uma história extraordinária.
É uma leitura fácil e simples.
Comecei a ler e terminei em apenas um dia. Acho que se me perguntassem uma
palavra para definir esse livro, diria que “superação” era a correta. Desde as
primeiras páginas do livro percebemos que Auggie é bastante amado pelos seus
pais e sua irmã mais velha. Ele tem uma família superprotetora, que está sempre
presente nos momentos bons e ruins de sua vida. Também é uma criança bastante
“antenada” e inteligente, tanto que no livro temos citações de Star Wars, O Hobbit, as Crônicas de Nárnia,
entre outros [tudo isso me fez amar ainda mais o personagem].
Enfim, o livro não mostra só o
ponto de vista de Auggie. Ele é dividido em oito partes que são narradas assim:
parte um/seis/oito pelo August, parte dois pela Via [sua irmã], parte três pela
Summer [sua amiga], parte quatro pelo Jack Will [seu amigo], parte cinco pelo
Justin [namorado da Via] e parte sete pela Miranda [amiga da Via]. É uma coisa
que achei muito interessante, pois acompanhamos diversos pontos de vistas. Por
exemplo, vemos que Via, apesar de amar muito Auggie e ser uma ótima irmã, sofre
um dilema interno, pois também é alvo de comentários maldosos – tipo “Aquela é
a Olivia. Sabe, é aquela que tem um irmão deformado” –, o que a deixa muito
irritada, além de querer mais a atenção dos pais. Temos Jack Will, um personagem
que em determinado momento também passa a ser excluído só por ser amigo de
Auggie.
O Vilão da história é o Julian.
Sabe, é aquele tipo de pessoa que faz de tudo para ser o “popular” e se acha a
última bolacha do pacote. Fica jogando indiretas, fazendo perguntas provocantes
para o Auggie e falando mal dele pelas costas. Tanto que no início do ano
letivo fizeram um jogo chamado de “praga”, onde ninguém podia tocar no Auggie
e, se ocorresse o caso, a pessoa tinha 30 segundos para se limpar [tinha que
usar até antisséptico], tudo isso para não pegar a tal “praga”. O garoto teve a
cara-de-pau de perguntar para o Auggie: “O que houve com seu rosto? Quer dizer,
você esteve em um incêndio ou algo assim? ” Mas, como o mal nunca vence o bem,
Auggie foi se enturmando aos poucos e, no fim do ano letivo, já tinha conquistado
todo o quinto ano [E o Julian foi “pastar”]
Bem, tinha umas coisinhas que
queria falar, mas estou tomando cuidado para não soltar muito spoiler. Então
termino essa resenha por aqui. Só vou acrescentar dois trechos do livro, alguns
preceitos do Sr. Browne que achei interessante e um informe que está na orelha
do livro. Espero que tenham gostado, por favor deixem um comentário e
acompanhem o blog. =P
TRECHOS DO LIVRO
“Para mim, o Halloween é a melhor
festa do mundo. Melhor até que o Natal. Posso usar fantasia. Usar máscara.
Posso andar por aí como qualquer outra criança fantasiada e ninguém me acha
estranho. Ninguém olha para mim duas vezes. Ninguém me nota. Ninguém me
reconhece” – August Pullman
Minha mente gira com isso, mas
então surgem pensamentos mais suaves, como um terceiro violino em uma sinfonia
de cordas. Não, não é tudo um acaso. Se fosse, o universo nos abandonaria à
própria sorte. E o universo não faz isso. Ele cuida das suas criações mais
frágeis de formas que não vemos. Como com pais que amam cegamente. E uma irmã
mais velha que se sente culpada por ser humana com relação a você. E um
garotinho de voz grave que perdeu os amigos por sua causa. E até uma garota de
cabelo rosa que carrega sua foto na carteira. Talvez seja uma loteria, mas o
universo deixa tudo certo no final. O universo cuida de todos os seus pássaros.
” – Justin
PRECEITOS DO SR. BROWNE
Não tenha amigos que não estejam
à sua altura – Confúcio
Nenhum homem é uma ilha – John
Donne
O que é belo é bom, e o que é bom
em breve será belo – Safo
INFORME
Para difundir a mensagem de Extraordinário,
a autora iniciou uma campanha antibullying no site www.choosekind.tumblr.com, do
qual milhares de crianças já participaram.
Acho muito importante difundir
mensagens como essas. Acompanhamos o dilema de Auggie, mas sabemos que muitas
crianças sofrem bullying por bem menos – a cor da pele, o jeito do cabelo, etc.
E assim presenciamos uma sequência de agressões físicas e psicológicas que
fazem muito mal para elas. Bem, espero que todos aprendam com a história de
August Pullman e cooperem para que nosso mundo se torne melhor. Até a próxima
resenha S2.
Blog Papo Geek: Camila :)
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